Britânicos criam 'teste simples' para detectar câncer ou HIV

 

Pesquisadores britânicos anunciaram neste domingo a criação de um teste sanguíneo "muito simples, mas também muito sensível e barato, que utiliza nanopartículas de ouro para detectar doenças e infecções, como o câncer e o vírus da aids."

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Plasmonic ELISA for the ultrasensitive detection of disease biomarkers with the naked eye
Onde foi divulgada: revista Nature Nanotechnology
Quem fez: Roberto de la Rica e Molly M. Stevens
Instituição: Imperial College de Londres
Resultado: sistema que usa nanopartículas de ouro é dez vezes mais sensível que os habituais métodos para detectar os biomarcadores p24 e PSA. Desta maneira, permite verificar níveis mínimos de p24 em pacientes com ligeiras cargas virais que outros testes não revelam.

O método, desenvolvido por pesquisadores do Imperial College de Londres e publicado neste domingo na revista Nature Nanotechnology, utiliza uma nova técnica para detectar moléculas de p24, um marcador do HIV, ou o Antígeno Prostático Específico (PSA), o que permite diagnosticar um câncer de próstata.

O soro do sangue do paciente é colocado em uma base de plástico na qual estão depositadas ínfimas partículas de ouro e "se o resultado for positivo para o p24 ou o PSA, ocorre uma reação que produz uma cor azul na solução", destacam os pesquisadores. "Se os resultados são negativos, as nanopartículas se separam em formas similares a bolas, criando uma cor avermelhada, e ambas reações são observadas facilmente".

Segundo a equipe britânica, o sistema é dez vezes mais sensível que os habituais métodos para detectar o p24 e o PSA. Desta maneira, permite verificar níveis mínimos de p24 em pacientes com ligeiras cargas virais que outros testes não revelam.

Mas a nova técnica não é capaz de especificar com precisão a concentração de marcadores de câncer ou HIV. "É um teste de 'sim' ou 'não'", disse Stevens. "Não revela quantos biomarcadores há no sangue, apenas se estão presentes".

Uma das autoras do estudo, Molly Stevens, destacou que serão necessárias experiências com mais voluntários para confirmar a confiabilidade do novo teste.

 
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