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Uma pesquisa feita no Hospital Broca, em Paris, na França, concluiu que baixos nÃveis de um fator de crescimento conhecido como IGF-1 (sigla em inglês para insulin-like growth fator), hormônio associado à longevidade, estão relacionados ao aparecimento de Alzheimer entre homens — mas não entre mulheres. O estudo, aceito para publicação no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, mostra que esse hormônio pode ser útil nas abordagens de novos tratamentos contra a demência.
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COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juÃzo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das caracterÃsticas mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
É o perÃodo de transição entre quadro de envelhecimento normal e diagnóstico de demência, que é a diminuição da função mental e comprometimento da memória, do pensamento, da capacidade para aprender e do juÃzo
O IGF-1 já foi apontado por outros estudos como benéfico para a cognição — além de contribuir para outros fatores, como promover uma melhora da saúde muscular e dos ossos. Segundo pesquisas anteriores, esse hormônio se opõe aos principais processos que ocorrem no organismo responsáveis por desencadear o Alzheimer.
A pesquisa atual mediu os nÃveis de IGF-1 em 694 idosos com uma idade média de 78 anos. Dos participantes, 481 tinham queixas de problemas de memória e foram diagnosticados com Alzheimer oucomprometimento cognitivo leve. Segundo os resultados, os homens que receberam algum desses diagnósticos apresentavam menores nÃveis de IGF-1 do que os outros participantes do sexo masculino. No entanto, não houve diferença significativa nos nÃveis do hormônio entre mulheres com e sem problemas de cognição.
"Como ainda não existe um tratamento que cure a doença de Alzheimer, focar nos fatores modificáveis para desenvolver novas terapias é essencial. Nossa pesquisa mostra uma possÃvel utilidade do IGF-1 no tratamento do problema, particularmente em fases iniciais", diz Emmanuelle Dron, que coordenou o estudo.